viver é um ato político

Por que estamos tão ansiosas com essas eleições? Claro, diversos são os motivos externos, mas existe também um acontecimento por trás disso que é positivo: estamos mais conscientes. Cada vez mais, estamos buscando o autoconhecimento e a participação, um passo importante para nossa evolução, não apenas como eleitoras, mas como seres humanos.

Votar é apenas um dos nossos atos como cidadãs, um dos mais importantes, com certeza, mas todas as nossas ações estão diretamente ligadas a processos políticos. O que comemos, o que vestimos, o fato de podermos votar: política refere-se a relações de poder e tomadas de decisão, nela decide-se as normas de conduta que estamos sujeitas - ela está em TU-DO, principalmente nas nossas relações pessoais, né? Acontece da mesma forma na escola, no trabalho, na vida. Então nós também estamos o tempo todo fazendo política e tudo está interligado, por isso, se vivermos de forma cada vez mais responsável e coerente, tudo pode ser mais fácil e natural.

Não existe voto perfeito, existe voto adequado e consciente. Às vezes, o que nos deixa sem saber o que fazer é o medo de “votarmos errado”, mas não existe voto certo ou errado quando fazemos uma escolha baseada em informação e alinhada com as nossas virtudes. Enquanto eleitoras, a nossa obrigação é escolher da forma mais responsável possível quais são os planos e as metas que queremos atingir, enquanto sociedade, nos próximos anos.

Já passou da hora de acabarmos de vez com essa visão de que política é algo ruim e distante, só para especialistas ou políticos profissionais, temos sim o direito de participar, questionar e aprender tudo o que quisermos. Ela é o maior instrumento de transformação da sociedade: leis e normas de nossas vidas são decididas por ela. E sabe uma coisa boa? Estar diante das urnas contempla algo raro e significativo: um momento em que somos todas iguais e que nossas opiniões têm exatamente o mesmo peso. Demais, né?

Mas como nos sentirmos mais seguras para fazer uma escolha responsável?

A primeira coisa é tarefa básica: devemos nos informar. Com a internet e as redes sociais, recebemos muitas informações, e isso é ótimo, mas em tempos de fake news, é importante filtrar e sempre conferir as fontes. Vale conferir o portal do TSE e os sites oficiais dos candidatos.

 

 

Precisamos também de um olhar para dentro da gente. O que é prioridade para nós? Qual tema consideramos mais essencial nesse momento? Em qual área? Ao elencarmos essas necessidades, ficamos mais preparadas para reconhecer os candidatos que carregam os mesmos desejos consigo em seus planos e metas de governo; afinal, esses são os compromissos registrados e que devem ser cumpridos,  (clica aqui pra ler o plano de governo dos presidenciáveis). E depois devemos olhar ao nosso redor, tentar nos colocarmos no lugar do outro e tomar nossa decisão pensando no todo, afinal não vivemos sozinhas nesse país.

Uma maneira mais ampla e fácil de reconhecer quem melhor te representa, é buscar afinidade ideológica com um partido (clica aqui pra fazer um teste de afinidade política). Existem ideias e causas totalmente diferentes de como e para quem agir para transformar o mundo e conhecê-las é muuuuito importante. Você com certeza tem uma visão de como tornar o mundo um lugar melhor, essa é a sua ideologia individual. No Brasil, uma pessoa só pode se candidatar através de um partido, então vá atrás de conhecer melhor, muitas vezes tendemos a focar muito na pessoa em si, mas pesquisar as ideologias que o partido sustenta faz toda a diferença, porque além de entendermos melhor as intenções do candidato ou candidata, ficamos cientes também dos compromissos de quem está ao lado dela ou dele.

Mas o que eu quero, afinal? Temos dentro de nós nossas necessidades e convicções, basta pausarmos um pouco a mente e o corpo e focar na leitura interna para escolher quem se mostra mais apto a lutar por isso. Para nos apoiar nesse processo, temos à disposição planos de governo e propostas que são acessíveis e muito menos complexos do que se imagina. Você pode começar selecionando 3 candidatas ou candidatos para ler as propostas, nos temas que você acha relevante, por exemplo: saúde, educação, direitos humanos, meio ambiente ou tantos outros.

Não precisamos (e nem devemos) seguir pesquisas, família ou amigos, o voto é secreto e temos o direito de escolher aquele com quem temos mais afinidade, aquele candidato ou candidata que nos representa até mesmo na maneira de se colocar, de conciliar conflitos. Afinal, se exigimos essa mesma atitude séria e aprofundada dos candidatos: estudo e proposta, devemos começar com nós mesmas e não deixar qualquer pressão externa nos guiar. Caso contrário, como exigir essa atitude de alguém que elegemos, se eles são parte da sociedade também, não é mesmo? Votar não é uma competição em que devemos apostar em quem está ganhando, mas uma maneira de colocar virtudes e propostas que acreditamos no poder.

Outra maneira prática de nos sentirmos mais seguras é pesquisar sobre o passado político do candidato: ele já foi eleito? O que ele fez nesse tempo que lhe foi confiado? Votou contra e a favor de quê?; Quais projetos propôs, em quais áreas? Seguir os perfis dos candidatos no Facebook e Instagram também é uma opção simples que insere as ações de cada um dentro do tempo do nosso dia-a-dia com pílulas de informação.

E claro, devemos sempre ficar atentas às ações de quem escolhemos após a eleição também. Afinal, é um depósito de confiança que fizemos depois de muita pesquisa que e devemos observar o andamento das propostas eleitas e participar, reivindicar e levar esses aprendizados para as próximas eleições - e para a vida. Nosso voto é muito importante para a manutenção da nossa democracia, sabia que se abster já é um posicionamento político, que será lido como um apoio a manutenção de tudo como está? Devemos exercer plenamente essa conquista pela qual lutamos tanto, o voto feminino.

Além da eleição de políticos, diversas são as forças de mudanças que temos em nossa mão todos os dias e não apenas a cada 2, 4 ou 8 anos, o poder também é cada vez mais descentralizado e podemos apoiar e participar ativamente de iniciativas que podem pressionar, sugerir projetos e manifestar nossa opinião (clica aqui pra conhecer a que mais tem a ver com você).

Escolher o voto é como qualquer grande decisão que tomamos na vida: exige informação, diálogo com quem você confia e depois um tempo consigo mesma para absorver tudo, e então fazer uma atitude só sua. O que dá outra dimensão ao voto comparado a outras resoluções, é que votar é uma decisão que traz consigo uma responsabilidade com o coletivo. Mas nós, mulheres modernas, já estamos acostumadas a ter esse pensamento sensível, certo? Temos em nós a capacidade poderosa de saber analisar e conciliar diversos fatores ao mesmo tempo e temos que usar isso a nosso favor nesse momento. Um exercício para pensar em interesses além dos nosso, é se perguntar: o que eles querem? E o que eu acredito que eles precisam? Assim ficará mais fácil encontrar um voto individual, mas não individualista.

Um exercício interessante é: em quem enxergamos caráter, honestidade, altruísmo, paz e amor? Esses valores importam para constuírmos um presente e um futuro melhor e não podemos deixá-los cair no esquecimento ou desvalorizá-los.

A política foi criada para que possamos debater, discutir e nos posicionarmos. Converse com suas amigas, mande um What’s App, converse no trabalho, pergunte quais as propostas que mais chamam a atenção, quais as principais preocupações, dialogue: conversar com uma amiga próxima pode ser muito mais produtivo que discutir no facebook com desconhecidos. Afinal, vocês compartilham várias afinidades e visões de mundo, e não existe um ambiente tão seguro quanto uma amizade.

E não esqueçamos que: se temos entre nós pessoas que estão batalhando para construir um lugar melhor para se viver, também existirão essas pessoas entre os políticos, é tudo um reflexo. Nosso voto não deve ser de desistência, de medo ou uma aposta competitiva, o nosso voto ser de sincera esperança, em acreditar que estamos escolhendo o que acreditamos de fato, que vai ser melhor. Um voto construído assim não gera arrependimento, porque ele tem uma base, ele é fiel às suas verdades internas e externas, à sua forma de ver um mundo; e não há nada mais forte e coerente do que isso.

Com a nossa força, nessa reta final, não vamos deixar a desespero tomar conta, pois ele pode nos levar a qualquer discurso raso de salvação que não seja alinhado às nossas verdades, que foram construídas uma vida toda. Sim, a gente sabe que pode parecer difícil pensar de forma mais amorosa quando trata-se de política nos tempos atuais, mas é como se fosse apenas uma névoa que está nos impedindo de enxergar as coisas, que não são fáceis, mas são totalmente possíveis - exatamente como a vida. E é justamente em tempos de discurso de ódio e polarização que precisamos acreditar e promover uma visão amor e união.

Quanto mais nós, mulheres que buscam transformar o mundo, nos fizermos presentes na política, mais força a sociedade terá para caminhar rumo ao equilíbrio. 


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