As três lições que aprendi buscando me tornar a protagonista da minha história

Fotografia da Jéssica Paraguassu

Oi! Aqui é a Jéssica Paraguassu, fundadora do Mulheres no Comando, empreendedora desde os 20 anos e especialista em Gestão de Negócios e Neurociências. O Mulheres no Comando é uma comunidade de desenvolvimento profissional para mulheres e uma consultoria de transformação para empresas que querem garantir equidade de gênero dentro de suas organizações.

Hoje inicio essa nova jornada como colunista convidada da pantys para compartilhar um pouco das minhas reflexões com vocês. Hoje quero falar sobre a minha trajetória de busca pelo protagonismo da minha própria história. É importante começar contando o significado de protagonismo para mim através das palavras de duas pessoas que muito me inspiram:

“Não aceito mais as coisas que não posso mudar, estou mudando as coisas que não posso aceitar.” (Angela Davis)

Eu sou mestre do meu destino. Eu sou o comandante da minha alma.” (William E. Henley)

Esses trechos me convidaram a refletir sobre como eu poderia transformar meus valores em ações práticas para mudar as coisas que precisam ser mudadas. Para mim, isso é ser protagonista. Todos os dias, alguém fala sobre Propósito e Protagonismo, e em meio a tantas fórmulas, trago uma verdade que só entendi depois de muita caminhada: construir o nosso protagonismo e encontrar o nosso propósito não acontecem do dia para a noite, é uma jornada, muitas vezes interna. E nessa busca incessante, eu aprendi três lições que quero compartilhar:

É preciso descobrir o que te move

Encontrar um propósito é um processo de descoberta, nem sempre fixo, muito menos único para vida toda. Dica de ouro: simplifique. O que te faz feliz hoje? Normalmente, as coisas que nos movem são muito naturais e se fazem presente das formas mais simples. E aí, quando você olha para trás, começa a notar padrões. Refletir sobre eles de modo mais amplo pode te ajudar a compreender o seu porquê de fato. Na minha experiência pessoal, eu notei que em diversos momentos, estive sempre tentando conectar pessoas e potencializar as vozes mais pulsantes ao meu redor. Numa sessão de terapia (se tiverem oportunidade, façam terapia!), entendi que ajudar mulheres a reconhecerem sua potência era o que me movia. Ouvi minha intuição e segui esse caminho.

Tenha coragem de ser você mesma

Sim, parece óbvio (pois coisas ditas repetidamente perdem o peso que deveriam ter), mas eu explico: coragem e autoconfiança estão profundamente ligadas, já que coragem significa ser capaz de lidar com as consequências das nossas ações. Por outro lado, ser autêntica nos coloca numa posição de vulnerabilidade, já que vivemos em um mundo repleto de padrões. Assim, ser autêntica requer coragem de se mostrar ao mundo de maneira verdadeira, expondo nossas luzes e sombras. Dica de ouro: os julgamentos que resultam dessa sua exposição vêm sempre de pessoas que têm medo de se expor. Por isso, se colocam no lugar de críticos. Aprenda a filtrar esses comentários

Aceite que você vai errar mais do que gostaria

Se acreditamos que as falhas nos fazem perdedoras, teremos cada vez mais resistência em nos expor novamente. Assim, aos poucos vamos sendo impelidas a nos recolher na zona segura e confortável da estagnação. Dica de ouro: sem errar a gente não se desenvolve. Os erros fazem parte do processo e estar disposta a aprender e tentar novamente é o que nos leva ao nosso objetivo.

Não vou mentir para você: não é fácil olhar e aceitar as nossas limitações e falhas. Mas quem disse que autoconhecimento é tarefa fácil? E para ser protagonista da nossa história, precisamos ter consciência das nossas limitações, pois é assim que conseguiremos não nos deixar abalar pelas críticas vazias.

Brene Brown em seu livro “A coragem de ser imperfeito” conta que “ser perfeito” e “à prova de bala” são conceitos sedutores, mas inalcançáveis. Precisamos respirar fundo e entrar na arena. Não existe glória alguma em permanecer sentadas à beira do caminho vivendo de julgamentos e críticas. Que tenhamos a ousadia de nos deixarmos ser vistas inteiras e vulneráveis. Isso é a coragem de ser imperfeito.

Para mim, esse é o caminho para nos tornarmos protagonistas da nossa história. E você?

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Fotografia da Jéssica Paraguassu

JÉSSICA PARAGUASSU
Empreendedora especialista em Negócios e Neurociência, fundou o @mulheresnocomandosp para ajudar mulheres a despertarem todo o seu potencial
profissional e transformar o mundo corporativo num ambiente mais igualitário


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