o prazer e a rotina: tem espaço ai para sua sexualidade?


Conteúdo escrito por Izabelle Gazzano: Mulher, mãe, empreendedora....muitas em uma - como muitas de nós. Naturopata, psicanalista e sexóloga, atuou como terapeuta e professora somático-emocional direcionada para o público feminino por quase 13 anos. Formada em Relações Públicas, hoje mergulha no mundo do marketing e storytelling com a criação da AROMO, a primeira marca genuinamente brasileira de cafés Super Premium para o mundo.

Estava eu aqui tomando meu café e pensando no quanto a nossa vida muitas vezes entra num ritmo tão acelerado, com tantas demandas e tantos compromissos, que a gente passa a fazer a maior parte das coisas no nosso dia a dia de forma completamente automática. 

Com isso a gente normalmente deixa de curtir o processo e passa a encarar as atividades do nosso dia simplesmente como uma meta ser cumprida, Um item da nossa lista que precisa do “check”. 

E assim a gente deixa de aproveitar o gosto da comida e passa a querer simplesmente comer logo para fazer a próxima coisa. Esquecemos o que é o prazer que é a água quentinha na hora do banho, a sensação, o cheiro, a textura da pele, e simplesmente passa para próxima tarefa. Deixamos de aproveitar a companhia das pessoas que mais amamos, de quem está com a gente em casa, porque sempre precisa fazer ou resolver alguma coisa… isso acaba acontecendo com a nossa sexualidade também: o que era para ser um “parque de diversões”, vira uma corrida para um orgasmo num roteiro já meio que pré-estabelecido, e muitas vezes com uma atenção maior na performance a ser feita do que na possibilidade de relaxar, curtir, desfrutar, e até se divertir com o processo.

Tudo isso acontece sem percebermos, no nosso ritmo atual, como mulheres modernas, numa sociedade que “endeusa” os resultados a qualquer custo, como se fosse sequer possível ser uma super-mulher em todas as áreas da nossa vida.

Além disso, para a maioria de nós as primeiras referências sobre como seria a sexualidade veio de novelas, de filmes, ou mesmo da pornografia, todas essas situações evidentemente fictícias.

Só que quando eu vou ao cinema ver um filme do super-homem eu tenho muita clareza de que nunca vou botar uma capa vermelha e voar soltando raio pelos olhos. Por outro lado, quando eu vejo um filme romântico, acabo acreditando na possibilidade de ser tão perfeita ou ter uma história tão poética quanto a mocinha do filme. E quando eu vejo algum material erótico também acabo me comparando com aquela performance sem notar que aquilo é uma ficção ensaiada e produzida, tal qual os filmes de super-herói.

A pressa, a cobrança, e essas referências idealizadas vão aos poucos esvaziando a nossa vida íntima, transformando o que poderia ser uma pausa de alegria em uma tarefa a ser cumprida, uma meta a ser alcançada.

Nos anos em que atendi como terapeuta um dos meus principais trabalhos era justamente o resgate da possibilidade do relaxamento, da intimidade, e do afeto como pilares para uma sexualidade mais saudável e prazerosa.

Não se engane, muito mais do que técnicas místicas e exóticas, o principal resgate era justamente dessa intimidade simples consigo mesma.

Quando a gente retoma o hábito de desfrutar das pequenas coisas do nosso dia como uma refeição tranquila, ouvir uma boa música, tirar um tempo - nem que seja de vez em quando - para tomar aquele banho com calma, ler um livro, realmente escutar uma música, tudo isso acaba se refletindo na nossa qualidade afetiva e sexual.

Todo hábito interno tende a ficar tão arraigado que começa a rodar no automático. Dificilmente uma pessoa que faz tudo com pressa vai conseguir desfrutar com calma qualquer atividade, tentar acelerar as coisas vai ser praticamente inevitável.  

 

Da mesma forma que se o seu dia carrega muita tensão o tempo todo, essa tensão também acaba estando presente mesmo nos momentos em que você poderia relaxar.

Recuperar a capacidade de desfrutar da vida, mesmo em situações adversas, faz com que a gente consiga ter mais prazer e leveza em todas as situações, Inclusive nos momentos a dois.

Quer uma dica prática?

Experimente ainda hoje conseguir 10-15 minutinhos só para você.

Escolha um creme cheiroso para passar em todo o seu corpo sem pressa, e tente identificar os lugares onde é mais gostoso deslizar e fique mais tempo ali, desfrutando da sensação boa de tocar a própria pele.

Você pode colocar uma música agradável para te ajudar, acender uma vela, ou o que mais tiver vontade. O principal é que seja um momento sem pressa nem cobrança, apenas de prazer e relaxamento com você mesma.

E se der vontade, por que não? Experimente um dia fazer a mesma coisa com o seu parceiro(a), só passando o creme na outra pessoa lentamente, sem nenhum movimento realmente erótico ou sexual, mas sim para sentir a pele do outro num ritmo que seja agradável e envolvente para você.

Coloque esse momento de auto-cuidado pelo menos uma vez na semana dentro da sua rotina, e veja a mágica acontecer!

E pouco tempo você já vai querer colocar mais momentos assim no seu dia, e naturalmente uma rotina cada vez mais prazerosa vai surgir.

Depois me conta como foi, e aproveitamos para bater mais papo no nosso próximo café!


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