o impacto dos filtros do instagram na percepção que temos sobre nós mesmas

Fotografia de mulher de cropped e calcinha absorvente com um véu de tule cobrindo seu corpo

Os filtros do instagram surgiram como uma ferramenta divertida: efeitos com orelha de cachorrinho, bigodes engraçados e óculos diferentes. Com o tempo, eles passaram a transformar nossos rostos e a proporcionar uma pele perfeita e uma simetria digna de cirurgia plástica.

O instagram é o quarto aplicativo mais baixado do mundo e possui um bilhão de usuários. Além disso, ele é o mais imagético. Há quase dez anos, quando os stories ainda nem existiam, já era possível aplicar o filtro “valência” na foto do feed. De lá para cá, esses recursos só aumentaram.

Apesar de parecer um assunto de pouca importância, os filtros do instagram têm impactos reais. A quantidade de mulheres com depressão e que buscam cirurgias plásticas está aumentando. E, sim, isso está relacionado ao uso massivo das redes sociais e dos filtros.

Sabendo disso, nós criamos um conteúdo super completo sobre o assunto. Vamos juntinhas entender quais os impactos dos filtros em nosso dia a dia?

múltiplas belezas, única aparência

Você já teve a sensação de que tá todo mundo meio parecido? Lábios carnudos, sobrancelhas desenhadas, nariz fino, rosto simétrico. Os filtros do instagram permitem que todas as mulheres se transformem em Kylie Jenner em questão de segundos.

O padrão de beleza sempre existiu na história da humanidade e, por muito tempo, as publicações impressas eram responsáveis por indicar qual corpo e corte de cabelo eram ideais. Hoje, as redes sociais são fundamentais na influência e padronização da beleza.

das redes para o consultório

Os filtros fornecem uma imagem computadorizada de nós mesmas. Ali, tudo é perfeito: pele sem poros, pelos, manchinhas ou marcas de expressão. E, vamos ser sinceras, dá uma vontade de ser assim no dia a dia, né? Por isso, sem ao menos perceber, chega um momento em que não conseguimos mais tirar fotos sem filtro.

Segundo dados do Censo de 2016, realizado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), houve um aumento de 360% na busca por procedimentos estéticos não cirúrgicos. Entre as intervenções, o preenchimento labial assume a primeira posição. A SBCP também apontou 141% de aumento nos casos de procedimentos realizados por meninas de 13 a 18 anos nos últimos dez anos.

Além disso, a Academia Americana de Cirurgiões revelou, em 2017, que 55% das pessoas que realizaram rinoplastia tinham como objetivo melhorar a imagem nas selfies. Bichectomia, harmonização facial e lipoaspiração da famosa “papada” são mais alguns procedimentos populares.

Nesse cenário, um comportamento é comum: pacientes que levam suas fotos com filtro para que o profissional atinja o resultado da imagem. Uma expectativa completamente irreal, vale ressaltar. Bom, amiga, agora os filtros não parecem tão inofensivos assim, né?

clone de nós mesmas

A obsessão pela aparência dos filtros já tem nome: dismorfia dos stories ou do snapchat. Isso mostra como essa dinâmica é perigosa, mexendo profundamente com a percepção que temos de nós mesmas.

Antes, quando falávamos sobre padrões de beleza, o objetivo era estar mais bela na vida física. Hoje, a ideia é parecer bonita nas fotos das redes sociais e essa é uma mudança que merece atenção.

Com a edição de fotos e uso constante dos filtros do instagram, passamos a buscar nossa beleza das redes, como se nossa aparência fosse uma versão melhorada, um upgrade da realidade, nesse ambiente. Ou seja, criamos um clone de nós mesmas e perseguimos essa imagem computadorizada.

redes sociais e depressão

Segundo um estudo realizado pela University College London (UCL) em 2019, as redes sociais são responsáveis por aumentar os casos de depressão em garotas adolescentes. A mesma pesquisa identificou que meninas de 14 anos são os usuários mais frequentes, ficando nas redes por mais de três horas diariamente.

Esse comportamento está diretamente relacionado a doenças psicológicas da geração Z. Inclusive, 75% das meninas com depressão também apresentam baixa autoestima e insatisfação com a própria aparência.

Como consequência de tudo isso, já é possível observar que a geração Z é a que apresenta os menores níveis de socialização e passa mais tempo dentro de casa. Esse comportamento está relacionado ao desconforto de apresentar uma imagem real para o mundo, uma vez que a vida e a beleza nas redes sociais é recheada de edições.

Além disso, vale ressaltar que esse é um ambiente fértil para quem sofre de dismorfia corporal e têm percepções distorcidas sobre a própria aparência física.

a beleza de ser quem somos

O instagram é uma rede social imagética. Somos bombardeadas de fotos enquanto rolamos o feed ou assistimos aos stories e aos reels. Nesse ambiente, a estética se torna uma commodity.

Em um lugar onde todos são, aparentemente, perfeitos, se olhar no espelho ou tirar fotos sem editá-las é um ato de coragem. Dentro desse contexto, o body positive surgiu como uma válvula de escape, um movimento em direção contrária ao padrão de beleza das redes, propondo a valorização e aceitação dos corpos reais.

Não somos Kardashians ou Jenners. Somos muito mais, somos reais. Nos revelarmos para o mundo sem usar filtros é um ato de coragem e liberdade. Não temos a pele perfeita porque isso não existe. Nossa imagem é de carne e osso, não computadorizada.

Aceitar a beleza de ser imperfeita, cada uma com as próprias características e peculiaridades, é o maior ato de amor que podemos ter por nós mesmas <3


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