do que minha roupa é feita? tudo sobre os nosso tecidos!
Se estabelecemos uma relação de cuidado e atenção em relação aos ingredientes de um alimento que colocamos para dentro do nosso corpo, por que não nos atentarmos sobre os tecidos do que vestimos? Essa conversa é mais simples do que você imagina, mas já te adiantamos que não existe pior ou melhor tecido, o importante é a rastreabilidade, ou seja, a possibilidade de entender de onde vem aquele material e em quais condições ambientais e sociais foi produzido.
Por aqui, analisaremos alguns dos tecidos mais presentes na indústria da moda, explicando suas principais características e impacto ambiental, além de te contar os diferenciais dos materiais utilizados na Pantys <3
Poliamida
A poliamida, queridinho da indústria de lingerie, é uma fibra sintética, um polímero termoplástico composto por monômeros de amida conectados por ligações peptídicas, podendo conter outros grupamentos. O maior impacto ambiental vem do uso da água, necessitando de 700 litros de água para 1kg do material.
No caso da Pantys, aproximadamente 75% de nossas calcinhas, são compostas de poliamida biodegradável, a tecnologia desse fio é criada para permitir que roupas se decomponham em até 3 anos em aterros sanitários. Esse tecido biodegradável batizado de AMNI Soul Eco pela Rhodia. Além disso, nossa poliamida é isenta de produtos tóxicos para a pele humana, conforme certificação internacional oeko tex.
Nossas certificações da poliamida
- Controle de co2 - poliamida biodegradavel
- Menos energia
- Água de reuso
- OEKOTEX
Elastano
O elastano, popularmente conhecido como laicra é um dos tecidos mais indicados quando o assunto é produzir uma roupa que garanta elasticidade, é uma fibra sintética a base de poliuretano. Vale dizer que nenhum vestuário é composto apenas de elastano, normalmente esse fio é combinado com outro, garantindo para a peça final elasticidade.
Por aqui, é o elastano que vai garantir a elasticidade e bom caimento das suas calcinhas no corpo e apesar de ser uma fibra sintética, usamos uma tecnologia com essa fibra que garante que o tecido seja de materiais reciclados, certificado pela GRS (Global Recycled Standard)
Poliester
Poliéster é o polietileno tereftalato, mais conhecido como material PET. E o PET está presente nos mais diversos objetos do dia a dia: roupas, garrafas de plástico, guitarras, etc. Ele pode ser obtido a partir do petróleo ou do gás natural, matérias-primas não renováveis. As grandes vantagens em relação á funcionalidade desse material é que ele garante maior durabilidade e retenção de cor nas roupas.Por ser um termoplástico, o PET é reciclável. Entretanto, ao se misturar com as fibras naturais a reciclabilidade acaba sendo inviabilizada.
A produção de poliéster conta com uma alta emissão de carbono, vindo do uso de energia. Em contrapartida, a grande quantidade de energia consumida é compensada ao longo de sua vida útil devido à durabilidade. Outro ponto que deve ser levado em consideração, é a contaminação do meio ambiente por microplástico, considerando que algumas microfibras podem se destacar do tecido e ir para em oceanos ou outro ecossistema.
Viscose
A viscose é feita a partir da celulose. Ela é produzida a partir de pedaços de madeira de árvores que possuem pouca resina ou a partir da semente do algodão. No processo, é produzida uma pasta celulósica que é colocada em contato com outras fibras e extrusada para dar origem à fibra de celulose. Os impactos da produção de viscose englobam também aspectos sociais, pois durante sua produção é emitido o sulfeto de carbono e gás sulfídrico, dois gases que apresentam efeitos tóxicos significativos. Além disso, a produção de viscose apresenta alto consumo de energia, aumentando a emissão de gases de efeito estufa desse tecido e normalmente, para cada kg de viscose são utilizados 640 litros de água. Apesar desses fatores, o tecido da viscose é biodegradável.
Temos uma linha todinha da Pantys onde utilizamos viscose de bambu, ou seja, fios produzidos a partir da celulose de bambu, em um processo mais natural onde não são emitidos gases tóxicos para o meio ambiente.
Modal
O modal vem da celulose, passando por diversos processos até gerar as fibras de tecido final. Esse processo é considerado misto pois a matéria prima é natural, embora a fibra seja produzida de forma sintética. A pegada ambiental do modal é positiva – é neutra em carbono, requer menos terra por tonelada do que as fibras de algodão e tem um nível de consumo de água dez a vinte vezes menor que o do algodão.
Utilizamos o tencel modal da Lenzing, fibras tecnológicas e que passam por um processo sustentável ao longo do seu ciclo de vida. No início do processo, a madeira extraída para produção do tecido está inserida em um programa de gerenciamento sustentável de florestas, além de conter as certificações internacionais PEFC e FSC. As fibras do Tencel Modal são feitas de fontes renováveis, além de fertilizantes não serem utilizados nas florestas onde a matéria prima é extraída.
As fibras do modal tencel são produzidas com a “eco soft technology” tornando essa fibra uma opção comprovadamente sustentável pelo EU ECOLABEL
Certifications
- Low carbon footprint
- OEKOTEX
- Optimized water consumption
Algodao
O algodão é obtido a partir de um vegetal cientificamente conhecido como Gossypium. Pode ser encontrada em arbustos nativos das regiões tropicais e subtropicais. A fibra utilizada é fiada em fio compacto e utilizada para fazer tecidos como soft e a própria malha de algodão. Esse tecido é conhecido por ser confortável, durável e apto a resistir todos os tipos de clima.
Apesar de ser uma fibra natural, também é capaz de gerar impactos ao meio ambiente, visto que a produção de uma blusa simples de algodão requer, em média, mais de 2,7 mil litros de água. Além disso, a produção de algodão, apesar de ser uma área pequena da agricultura, consome 24% de inseticidas, o que degrada solos e lençóis freáticos. Um maior consumo de combustível utilizado pelas máquinas agrícolas também contribui para o aumento de emissão de gases de efeito estufa.
Lã
A lã é derivada da pelagem da ovelha, da vicunha, da alpaca, da alpama ou da lhama que, depois de tosquiado, é processado industrialmente para usos têxteis, limpeza e coloração. O tecido feito de pelo que serve como isolante térmico não esquenta tanto sob o sol (mantém a temperatura do corpo em média 5 a 8 graus mais baixa em comparação com tecidos sintéticos expostos ao sol), como luvas, gorros e cachecóis.
Mas devido à utilização de inseticidas sintéticos, a produção da lã causa problemas de saúde, contamina solo, água e fauna. Além disso, a produção da lã emite significativa quantidade de gás metano (por causa das ovelhas), detergentes e graxa. O consumo de energia, assim como na produção de algodão, também é maior do que o da produção das fibras sintéticas, principalmente pelo maior tempo requerido de secagem, necessidade de passagem a ferro e perdas no processo da produção. A utilização de água também é significativa: para produzir cada quilo de lã são utilizados cerca de 150 litros de água.
Liocel
No processo de produção é utilizado o N-metyl morfholine oxide, um solvente biodegradável que é considerado ecologicamente viável por não ser tóxico e poder ser reutilizado no processo. Por meio de injetores de fiação, a celulose é coagulada e então a fibra é lavada, secada e posteriormente cortada.
Por utilizar como matéria-prima o línter de algodão, o liocel carrega os impactos do plantio de algodão e demanda 640 litros de água para cada quilo produzido. E apesar de ser de fonte renovável, o liocel tem a reciclagem dificultada pelo mesmo motivo da fibra de algodão: curto comprimento das fibras.
Índice de Higgs
O Higg Index fornece uma ferramenta para a indústria de vestuário e calçados avaliar a sustentabilidade ao longo de todo o ciclo de vida de um produto, dos materiais ao fim da vida útil.
Pontuação total
Poliamida 17,6
Elastano 13,7
Poliester 23,3
Modal 21,3
Algodão 26,8
Lã 19,3
Liocel 25,3
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