Dia da Terra: será que estamos cuidando da nossa casa?
6 anos, 83 dias, 07 horas, 18 min e 06 segundos. *contagem regressiva até 2030, help!*
Esse é o nosso tempo limite para manter a temperatura global da Terra em até 1,5C.
Querida leitora, saber desse prazo não te traz um sentimento DESESPERADOR?
Pois é, já faz um tempinho que a ansiedade climática bate forte no coração de jovens ambientalistas.
Para amenizar essa sensação, uma parcela da população que tem possibilidades de escolhas e consciência socioambiental passou a buscar meios para desenvolver uma vida sustentável, com hábitos minimalistas, baixa pegada de carbono e aprofundando as discussões sobre produção e consumo.
É exatamente sobre esse último ponto que eu quero direcionar nosso papo. Dá uma olhada nesses dados:
- O Carbon Majors Report (2017) indicou que 100 empresas foram responsáveis por 71% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE) desde 1988.
- O Natural Capital Impacts in Agriculture da FAO (2015) indicou que, do custo ambiental global de US$ 3 trilhões das cadeias de abastecimento de alimentos, US$ 1,15 trilhão veio da agricultura, enquanto US$ 1,81 trilhão veio da pecuária.
- O Treading Water (2018) mostrou que as cadeias de suprimentos agrícolas foram responsáveis por 70% do total de captações de água, enquanto as indústrias responderam por 19%.
Agora vem a pergunta de milhões:
- Será que a mudança de hábitos individuais tem o poder de salvar nosso planeta?
O mundo está em crise, isso é fato. O que não nos contam é que a causa dessa crise NÃO é
- quanto tempo você leva no banho,
- se você está comendo muita carne ou
- se ainda não trocou seus absorventes de plásticos pelas maravilhosas calcinhas da Pantys.
Tudo isso é muito importante e tem um impacto enooorme, mas essas pautas não podem ficar na caixinha do campo individual. Também é necessário olhar tanto para as pautas coletivas quanto políticas.
Talvez nesse momento você esteja pensando:
- Ihhhh, já vai falar que a culpa é do capitalismo.
Pois bem 🙂
O consumo exacerbado, a recessão econômica, o uso abusivo dos recursos naturais, a miséria e a intensificação das desigualdades são frutos do atual modelo de desenvolvimento econômico, que é fundamentado numa cultura de exploração, apropriação e disputa.
Não podemos continuar olhando para os seres humanos e para os recursos naturais apenas como mercadorias necessárias à expansão dos negócios! A crise econômica e a crise ecológica resultam do mesmo fenômeno: um sistema que transforma tudo, tudinho mesmo – a terra, a água, o ar que respiramos, nós mesmos – em mercadoria.
Esse modo de vida é insustentável, mata tanto a biodiversidade quanto a nossa saúde física, mental e espiritual. Faz um tempo que a terra pede socorro, mas será que estamos ouvindo?
Nos últimos anos, vimos
- O crescimento exponencial da poluição do ar e água;
- A ampliação do buraco na camada de ozônio e a intensificação do aquecimento global;
- A destruição das florestas tropicais e a rápida redução da biodiversidade pela extinção de milhares de espécies;
- O esgotamento dos solos, desertificação e acúmulo de resíduos nucleares;
- A poluição alimentar; manipulações genéticas; secas e diversos países voltando para o mapa da fome (néee Brasil? 👀)
Essa lógica de crescimento a qualquer custo está nos levando rumo a um desastre com proporções incalculáveis. É essencial transformar o padrão de consumo, mudar o estilo de vida e pensar em alternativas para enfrentar a crise climática!
E veja bem, não estou falando de mudar para Marte, ok?
Cuidar da terra é uma missão de todas nós. Somos lindezas climáticas GOSTOSAS, CONSCIENTES e DISPOSTAS a aumentar nosso bonde de amigas sustentáveis defensoras da Terra. Até porque a rainha Rita Von Hunty ja mandou a letra:
- “Ou a gente troca o nosso sistema de produção e consumo ou está dado a nossa possibilidade de encerramento do planeta.”
Não deixe que o Dia da Terra se torne apenas mais um na sua agenda, mas seja VOCÊ uma agente de transformação que mudará as dinâmicas do seu microcosmos! Se não sabe muito bem por onde começar, você pode
- Cobrar que os políticos que você votou defendam a agenda ambiental;
- Não consumir os produtos de grandes marcas poluidoras do meio ambiente e
- Fomentar uma mudança individual, coletiva e política!
Não vamos deixar que a imagem abaixo se torne uma realidade, ok?
E aí, posso contar com seu apoio? Compartilhe esse artigo com suas amigas e acompanhe meu trabalho nas redes sociais :)
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