cromoterapia e yoga pelo SUS? sim!
Em março desse ano, o Ministério da Saúde anunciou a inclusão de 10 novas Práticas Integrativas e Complementares (PICS) para pacientes do SUS. Mas o que são essas práticas e o que isso representa? Vem que o momento é importante e precisamos celebrar.
Desde 2006, quando foi criada a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), 19 práticas foram disponibilizadas no sistema: ayurveda, homeopatia, medicina tradicional chinesa, medicina antroposófica, plantas medicinais/fitoterapia, arteterapia, biodança, dança circular, meditação, musicoterapia, naturopatia, osteopatia, quiropraxia, reflexoterapia, reiki, shantala, terapia comunitária integrativa, termalismo social/crenoterapia e yoga.
Os tratamentos são oferecidos sempre como um complemento ao tradicional, mas já traz ao sistema público de saúde, uma nova visão sobre os pacientes: mais integrada e humana. Não apenas concentrada em onde dói ou incomoda, mas em enxergar o paciente como um todo, em uma visão holística, sendo assim mais fácil encontrar as causas e prevenir diversos tipos de doenças.
E neste ano o número aumentou significativamente o número de PICS, chegando a 29 tipos de tratamentos alternativos a medicina tradiconal. As 10 novas práticas, como descreve o Ministério da Saúde aqui, são:
Apiterapia: método que utiliza produtos produzidos pelas abelhas nas colméias como a apitoxina, geléia real, pólen, própolis, mel e outros.
Aromaterapia: uso de concentrados voláteis extraídos de vegetais, os óleos essenciais, promovendo bem estar e saúde.
Bioenergética: visão diagnóstica aliada à compreensão do sofrimento/adoecimento, adota a psicoterapia corporal e exercícios terapêuticos. Ajuda a liberar as tensões do corpo e facilita a expressão de sentimentos.
Constelação familiar: técnica de representação espacial das relações familiares que permite identificar bloqueios emocionais de gerações ou membros da família.
Cromoterapia: utiliza as cores nos tratamentos das doenças com o objetivo de harmonizar o corpo.
Geoterapia: uso da argila com água que pode ser aplicada no corpo. Usado em ferimentos, cicatrização, lesões, doenças osteomusuculares.
Hipnoterapia: conjunto de técnicas que pelo relaxamento e concentração, que induz a pessoa a alcançar um estado de consciência aumentado e permite alterar comportamentos indesejados.
Imposição de mãos: exercício das mãos próximo ao corpo da pessoa para transferência de energia para o paciente. Promove bem estar, diminui estresse e ansiedade.
Ozonioterapia: mistura dos gases oxigênio e ozônio por diversas vias de administração com finalidade terapêutica e promove melhoria de diversas doenças. Usado na odontologia, neurologia e oncologia.
Terapia de Florais: uso de essências florais que modifica certos estados vibratórios. Auxilia no equilíbrio e harmonização do indivíduo.
Sentiu a maravilhosidade? Esses tratamentos foram testados e estão gerando resultados científicos de cura dos pacientes. Investir nessas práticas representa um passo importante: o aumento do número de opções e formatos de tratamento para além da medicina tradicional e medicamentosa e, além disso, o reconhecimento da eficiência dessas práticas.
Ainda que tenha diversos problemas já conhecidos, o SUS atende a maior parte da população brasileira, então saber que essas soluções de equilíbrio humano agora podem chegar a mais pessoas, é uma grande vitória da saúde como um todo.
Além de todos os benefícios, essas práticas dão autonomia para os pacientes e ensinam eles mesmos a se conhecerem melhor, a se cuidarem e a terem mais qualidade de vida, passando a prevenirem doenças a partir do autocuidado e do autoconhecimento do próprio corpo e de suas emoções. A meditação, por exemplo, tem sido muito eficiente para pacientes hipertensos e diabéticos, pois ajuda a controlar a ansiedade e melhorar o sono; já a dança circular e a biodança tem ajudado pacientes a conviverem em grupos e estabelecer laços, evitando a volta de vícios como o alcoolismo; já a Yoga tem ajudado a fortalecer a musculatura em pacientes que eram sedentários e por isso desenvolveram alguma atrofia muscular; e esses são apenas alguns relatos.
A inclusão dessas práticas é um reflexo da evolução da nossa sociedade rumo a uma busca da saúde de dentro pra fora, de forma completa e também um empoderamento do paciente, que tem a possibilidade de conhecer maneiras de cuidar não apenas de doenças mas de seu corpo, sua mente e suas emoções, evitando a causa de diversas doenças e não apenas os sintomas. O caminho ainda é longo, mas precisamos celebrar as pequenas conquistas que levam a uma possibilidade de vida mais equilibrada, saudável e feliz para todos!
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