colo do útero aberto – um papo descomplicado

Você já ouviu falar sobre colo do útero aberto, amiga? Esse é um termo muito comum quando a gente fala de gravidez, mas há outros momentos do nosso ciclo que ele pode ficar aberto — mesmo sem indícios de gestação, tá? Mas relaxa, vamos te explicar tim-tim por tim-tim sobre colo do útero aberto, fechado, alto e baixo. Vem cá!

O colo do útero é uma parte superimportante do sistema reprodutivo feminino, pois liga o canal vaginal e as estruturas internas, como ovários, tubas uterinas e o próprio útero. Pequeno, o colo do útero mede de 2,5 cm até 3 cm e possui uma minúscula abertura que permite a passagem da menstruação e entrada de espermatozoides no canal vaginal até a fecundação.

Diferente do que muita gente acredita, o colo do útero não é fixo. Ele se movimenta ao longo do ciclo, podendo ficar mais alto ou mais baixo, dependendo do período é pode até triplicar de tamanho durante um parto normal. Veja as ocasiões em que rolam essas mudanças e aprenda identificar:

Se a menstruação altera tantas coisas no nosso corpinho, acha mesmo que uma parte do sistema reprodutor iria ficar de fora? Durante a menstruação o colo do útero fica aberto e mais baixo, permitindo a saída do fluxo vaginal, por completo.

Ovulação, nidação ou o famoso período fértil, o nome você pode escolher, mas o papel do colo do útero durante esse período é um só: criar um ambiente macio e úmido, muito propício para a sobrevivência e locomoção dos espermatozoides até a fecundação do óvulo.

Ah, vale dizer também que essa textura úmida se deve ao muco cervical — aquele corrimento branco que lembra clara de ovo — e sempre aparece neste período.

De algum jeito o bebê precisa sair, né? Pois, saiba que antes de chegar a luz, o bebê atravessa o colo do útero — que pode chegar até 10 centímetros de dilatação, a tal da dilatação total.

É por isso que, durante um acompanhamento de gravidez e até no próprio parto normal, é comum ouvir "fulana está com xx centímetros de dilatação".

Mas olha, essa dilatação toda só acontece no final da gestação e indica que o corpo está se preparando para o parto. O colo do útero deve permanecer fechadinho, pois caso abra muito cedo, há sérios riscos de abortos no 1º trimestre ou parto prematuro.

O colo do útero baixo ou curto pode dar indícios de muitas coisas, tanto relacionadas ao próprio ciclo, quanto relacionadas à idade. A causa mais comum é a chegada do parto mesmo, situação em que o colo do útero fica mais baixo e muito dilatado para a passagem do bebê.

Entretanto, há também outras situações que o colo baixo pode prejudicar, como pessoas que têm incontinência urinaria, por exemplo, ou passaram por vários partos vaginais ao longo da vida — fatores que enfraquecem a musculatura e deixam o colo do útero mais baixo.

Com o dedo! Para sentir o colo do útero você precisa, primeiro, lavar bem as mãos e verificar se as unhas não estão grandes ou sujas. Depois, sente-se em uma posição confortável com os joelhos afastados e coloque o dedo indicador no canal vaginal, delicadamente, até sentir chegar na parte mais lisa, com um pequeno furo no meio.

Esse furinho, é uma das coisas que vai determinar se o colo do útero está aberto ou fechado. Também, é possível notar pela textura: no período fértil a pele fica bem macia, já em outros períodos essa parede fica mais firme, como se estivesse tocando a ponta do nariz.

Esse processo costuma ser bem tranquilo, mas algumas pessoas podem se sentir desconfortáveis e, nesse caso, vale o uso de um óleo lubrificante. A única coisa que não é muito normal é sentir dor, então, vale procurar um ginecologista para entender se está tudo ok.

O toque vaginal que a gente pode fazer em casa é uma boa opção para acompanhamento, mas não anula a importância do exame preventivo anual: o papanicolau. Esse exame é um pouco chatinho, mas consegue detectar lesões, cistos, ISTs e até câncer de colo de útero de forma precoce.

Se você já tem vida sexual ativa e nunca fez ou exame, ou já fez e ainda tem dúvidas, vale a leitura do post "papanicolau: como esse exame poderoso previne o aparecimento de doenças ginecológicas". Explicamos tudinho sobre o exame, como é feito, entre outras recomendações.

Como a gente já falou ao longo do post, a menstruação e a gravidez são as grandes responsáveis pelas alterações no colo uterino e até aí, tudo bem. Só que, infelizmente, algumas doenças podem causar sérias alterações no colo do útero e, dependendo, até a qualidade de vida da pessoa.

As principais doenças que causam essas alterações são o HPV e o câncer de colo de útero, mas se tratadas desde o início há altas chances de cura e poucas interferências na saúde em geral. Ou seja, nada de deixar a camisinha de lado ou ficar adiando seus exames anuais, viu? Se cuida, amiga! Até a próxima <3